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Não guarde o que sobrou, guarde primeiro, gaste o que restou

Atualizado: 14 de jul. de 2021

Edição e Produção de Vídeos: Renato Rocha Prado

Revisão de Conteúdo: Isabel Franson


Olá leitores, sejam bem-vindos a mais uma reflexão de finanças pessoais com a F Fatorial.

Hoje vamos falar de algo que nossos avós nos diziam para fazer. Um hábito que vem se perdendo e que, em momentos de crise, acaba fazendo muita falta: o hábito de poupar dinheiro todo mês e ter uma reserva para emergências.


Primeiramente, vamos explicar a importância de ter um dinheiro guardado. Calma… Eu sei que é difícil guardar. Ainda mais com a renda baixa que temos. Mas não é algo opcional. Ter uma reserva de emergências é uma das coisas mais básicas e importantes que você precisa fazer se quiser cuidar melhor das suas finanças pessoais, ter um futuro financeiro melhor e alcançar a independência financeira. E se deseja investir seu dinheiro, sem reserva, sem pé de meia... pode esquecer estabilidade na sua vida. É impossível.

Isso porque imprevistos acontecem nessa vida. Mesmo que você planeje suas decisões financeiras, acidentes e problemas de saúde, emergências familiares - ou até mesmo uma demissão inesperada ou injustificada - vão acontecer. A pandemia tá aí pra provar isso.

“Sem reserva, sem pé de meia, pode esquecer estabilidade financeira na sua vida, é impossível.”

Nessas horas, somente quem tem uma reserva de segurança, ou seja, dinheiro guardado para emergências, vai conseguir superar as adversidades com suas finanças saudáveis. Sem contrair dívidas ou descontrolar seu orçamento.

As últimas pesquisas da Anbima e Banco Central, além da PEIC da CNC, indicam que a maioria das dívidas dos brasileiros se dão no cartão de crédito, cheque especial e carnê, muitas delas inclusive começam com um pequeno deslize de baixo valor. Como R$50,00 que passaram além do limite num lanche.


A questão é que mês após mês os deslizes continuam. Mas “vai dando pra levar”. Até que vem um imprevisto, algum gasto fora do planejamento, de valor mediano como R$500,00.

Dificilmente, é algo de valor muito elevado - às vezes sim, mas quando a gente pega o histórico de gastos, a gente verifica que a dívida nasce nos gastos pequenos. De não menos do que R$500,00. É lá que as coisas começam a desandar.


Mas temos a tendência de culpar as situações da vida, não a nossa falta de carinho com as nossas finanças, Então justificativas das mais caras e variadas surgem numa consultoria de finanças pessoais.

O fato é: em 9 a cada 10 situações de endividamento, uma poupança com R$1.000,00, um pé de meia, teria evitado todas as dívidas e deslizes da pessoa ao longo de um ano. Ou seja, 90% das situações de endividamento poderiam ter sido evitadas ou dramaticamente reduzidas, se a pessoa tivesse um reserva para emergências. Infelizmente, não é o caso. Só 1 em cada 10 brasileiros têm algum dinheiro guardado em quantidade suficiente para emergências.

É matemática básica, não é nenhum segredo mirabuloso.


Uma pessoa que ganha um salário mínimo, em torno de R$1.000,00, e gasta R$800,00 com necessidades básicas (de acordo com as pesquisas do IBGE) utiliza R$200,00 para atividades como lazer e vestuário - o que é necessário também, mas não é uma questão de sobrevivência que justifique ficar endividado - Se esta pessoa guardar R$50,00 desses R$200,00, em um ano ela já vai ter R$600,00.


Ao longo de um ano, ela poderá se dar ao “luxo” de cometer dez deslizes de R$50,00 no cartão ou débito. Caso o contrário, se num mês ela gastar R$1.050,00, e não tiver nada guardado, esses R$50,00 vão virar dívida no Cartão de Crédito ou Cheque Especial.

Essa dívida vai crescer mês a mês se não for paga, e ao longo de um ano, ela vai virar entre R$100,00 e R$150,00 por causa dos juros compostos.


Se fosse somente isso, ainda dava pra levar. Mas quando a pessoa comete um deslize, normalmente ele se repete mais 6 vezes no ano (segundo pesquisas do Serasa sobre reincidência de dívidas). E isso significa que, em um ano, ela já vai ter acumulado uma dívida em torno de R$600,00. E vejam só! deu o mesmo valor que ela teria na sua reserva de segurança.

Então, é simples. Siga a metodologia PYF do inglês "Pay yourself first", o que significa Pague Você Primeiro.

Ou seja, faça o que tiver de fazer, mas comece seu mês guardando dinheiro antes de gastar ele. Pague seu futuro primeiro, quando você guarda uma parte do seu dinheiro e já coloca ele na poupança, você está colocando a sua vida, o seu futuro como prioridade, deixando o banco e os outros em segundo lugar, é assim que tem que ser.


Compreendido isso, não basta guardar qualquer valor, pode começar com R$10 que sejam pra ir pegando o costume, mas você deve guardar pelo menos 1 décimo (10%) da sua renda, isso quer dizer que para cada R$10 que você receber, R$1 vai pro cofrinho. Assim, basta fazer a seguinte conta: pegue seu salário, divida por 10, e guarde esse valor todo mês.

Dessa forma, em um ano você já vai ter o mínimo para evitar muitas dores de cabeça.


Além disso, fica a dica: guarde em uma conta separada, o ideal é abrir uma conta poupança ou conta de serviços essenciais em outro banco, e deixar sua reserva lá, guarda o cartão da conta, e não mexe nele, somente em emergências, combinado?

Pra fechar te deixo nossa última dica:

Assista nossa série de vídeos sobre Pé de Meia que eu explico tudo o que precisa ser feito para você construir um futuro melhor para o seu bolso e as melhores alternativas para você aplicar esse dinheiro.

Te vejo lá

Grande Abraço e obrigado.


F Fatorial Finanças com Exclamção!


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